domingo, 31 de outubro de 2010

hoje - 31 de outubro deste ano

hoje, por mais que tudo seja alegre
eu não serei.

ficarei aqui,
pasmo,
desesperadamente calmo sem saber o que pensar,
escrevendo este poema sem pra quê.

olharei a luz pela janela do quarto, o computador blogado,
mas não terei sensibilidade a nada,
o dia morto.
     hoje,
por mais que tudo eu ponha escrito
nada direi.

a minha vida parece amiudada,
a minha esperança
calada,

- o meu velório, marquei; sem cruzes, coroas, nem velas nem flor.

uma valeta sem terra,
nada a cobrir.
 
     hoje, tornei-me invisível.
          morto.

o dia todo, sem quê,

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